Histórias de Busão

Uma história de amor e ódio àquele que me conduz diariamente ao meu destino. Busão, sei que um dia ainda vou lhe agradecer muito.

sábado, outubro 29, 2005

Prometi que estaria atualizando isso sempre, e esse é o motivo de eu estar escrevendo agora. Estou morta de sono, quero estar na cama dentro de alguns minutos.

Ontem foi o aniversário do meu ursinho (Lindo, tudo de bom pra tu!), e, apesar de eu ter acordado tarde hoje, não dormi o suficiente. Ontem só pude ver o aniversariante à noite, então, já que só podia ser à noite, que fosse a noite inteira. Valeu a pena. Claro que, se pudesse ter sido o dia inteiro, eu não me queixaria. Decidi que não dormiria à tarde hoje, faria tudo que tinha para fazer para, amanhã, redigir um troço que tenho pendente.

Fomos ao Taca e assistimos A Noiva Cadáver, uma comédia bem engraçadinha pra menino pequeno rir. Gostei do filme, mas O Estranho Mundo de Jack é melhor. A quem pretente assistir, eu recomendo. Desde que não vá pensando que é um tipo Shrek (um filme que não é tão pra-criança assim). A Noiva Cadáver é um filme infantil mesmo. E os defuntinhos são muito engraçados.

É só.

domingo, outubro 23, 2005

Metallica x DJ Val: quem diria?

O brega é foda.

Estava eu numa inocente festinha de criança aqui, no prédio. Em festa de criança, todos sabem: criança é justamente quem menos interessa. Até toca uma xuxinha e rola um palhacinho, porque também menino não é otário. Mas, antes das 21h, quando os adultos conseguem se livrar delas, a festa vira a verdadeira bagaceira que se propõe a ser.

Saí há pouco da festa, que continua rolando lá na frente do prédio. Saí no mesmo horário das crianças, antes que a bagaceira começasse. Mas não fui ágil o suficiente para evitar ouvir uma versão brega de The Unforgiven. Isso mesmo, aquela do Metallica. Aquilo que parecia inatingível.

Isso basta. Tá mais do que na hora de ter um discman e não tirá-lo do ouvido por hipótese alguma. A coisa está mais perigosa do que eu imaginava.

Pelo menos hoje fiz uma boa ação. É que Victória agora é fã de Cássia Eller, e isso é bem mais confortante do que ver minha prima, uma criança de apenas 8 anos, cantando "é o seu vizinho, que quer comer meu cu-elhinho". E, já que ela ficou apaixonada pelos covers de Smells like teen spirit e Por enquanto, aproveitei para apresentá-la aos originais, com Nirvana e Legião Urbana respectivamente. Bom, ela não gostou muito da versão de Legião Urbana, mas pelo menos em parte funcionou: ela pediu pra eu botar um CD de Nirvana para ela ouvir. Não deixa de ser um bom começo. Ou um consolo.

sexta-feira, outubro 21, 2005

Tem dias em que eu acordo com uma vontede inexplicável de comprar. Ontem eu estava assim. Tenho observado que isso acontece quando falta alguma coisa aqui dentro, aí tenho que compensar com coisas exteriores. Cada época, minha mania de comprar se manifesta de uma maneira diferente. Tem época que é blusa. Tem época que é calça. Recentemente foi saia e sandália. Agora é com a pele. De ontem pra hoje, já me deu vontade de comprar: esfoliante, protetor solar, protetor solar facial, protetor solar labial, anti-rugas, óleo para o corpo, antiestrias, anticelulite, batom, hidratante facial antiacne, etc. Mas, claro, eu me controlo, até porque eu sou lisa. Eu só queria entender porque isso acontece comigo.

quarta-feira, outubro 19, 2005

A good day to watch the world pass you by

Hoje teve mais aniversário e conseqüente parangolé lá no trabalho. Algumas melhores perspectivas também.

Ainda estou à procura de uma academia, mas não me decidi. Queria algo decente e confiável. Tá ruim achar disso aqui pelo Janga.

Hoje pensei muito no que fazer da minha vida, mas não quero falar sobre isso agora. Minha conexão é discada, vai demorar. Deixa pro dia de pulso único. Porque até como lisa eu sou autêntica.

segunda-feira, outubro 17, 2005

Resumindo alguns dias...

A sexta-feira passou rápido. Foi o aniversário da coleguinha Aline, e teve parangolé à tarde (no trabalho) e à noite (na casa do namorado dela). Até que eu gostaria de ter ficado mais um tempinho lá, mas nós não podíamos nos atrasar para o show de Tom Zé (sabe como é, show de grátis começa e termina cedo...). Antes que algum desavisado pergunte, eu vou respondendo logo: não, eu não gosto de Tom Zé, quem gosta é meu namorado. Ainda mais que aquela história de opereta, cantando-encenando com aquela mocinha, mais pareceu Sandy e Júnior cantando "Abre a porta, Mariquinha! Eu não abro não...". Só achei interessante quando ele fez uma referência ao ritual de mutilação genital feminina que é praticado em alguns países, afirmando que aqui, no Brasil, ninguém extrai nem uma unha da mulher, mas mutila seu ego.

No sábado, mudei o visual: agora estou mais ruiva do que nunca, com meus cabelos Cereja 6646. Eu sempre gosto do resultado, fica bem em mim.

No domingo, fomos a uma comemoração de batismo de duas crianças, primos do meu namorado. Passei o dia inteiro fora. Viajei com muito medo, porque sempre tenho medo de viajar: estradas, ultrapassagens, caminhões girgantes, isso tudo me assombra. Mas fomos e chegamos bem, graças a Deus. E o lugar é no campo, bem tranqüilo. Se não fosse a viagem tão longa, teria descansado o suficiente. Mas rodamos tando que caí na cama feito pedra. Para acordar cedo e começar tudo de novo.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Por que o busão?

Eu tinha matado o Anticult, porque não tava me identificando com aquela zona gratuita. Então veio a idéia de criar um blog pessoal, pra eu botar meus estresses pra fora e, quando não houvesse estresse, escrever algo legal sobre mim... ou sobre qualquer coisa que me interesse. Enfim... tinha outro nome em mente e tal, mas esse me veio como um insight. É que passo 16% da minha vida no busão. É foda, mas é verdade. Às vezes foda, às vezes massa, depende da minha taxa de otimismo...

No começo dessa semana, peguei um busão e fui premiada com a ilustre presença de um cara porra-louca que foi discursando o caminho inteiro: não se podia ler, dormir, conversar nada. Até então, beleza. Eu tava p da vida, mas ainda não tinha me dirigido a ele. Já no fim do caminho, o o perturbado começou a dizer que todo mundo se importava por ele estar falando, mas ele estava compartilhando cultura, conhecimento, e que ninguém se preocupara com alguém que conversava com o motorista naquele momento, afirmando que isso, sim, era proibido. Ele dizia, cheio de ironia: "E então? Vocês não leram? 'Fale com o motorista somente o indispensável.' Mas ninguém se importa enquanto tem alguém pondo nossa vida em risco, desviando a atenção do motorista". Aí eu surtei. Aquele corno tinha passado dos limites. O coro comeu:

Eu: Quem é o senhor pra dar exemplo? Não sabe respeitar o espaço dos outros.
Ele: Eu estou respeitando. Se você dissesse que não gosta, eu me calaria. O rapaz ali pediu, e eu me calei.
Eu: Se o senhor calou, de quem será a voz que estou ouvindo? Tenha o mínimo de respeito; o senhor não deixa ninguém ler, dormir, eu estava tentando ler um livro e você não deixou.
Ele: Ônibus não é lugar de dormir.
Eu: E por acaso é lugar de dircursar? É palanque?
Ele: Por que você não reclama do cara que está conversando com o motorista?
Eu: Porque ele não me incomoda, o senhor sim.

E então chegou minha parada e eu desci. Segui pensando que o busão é um espaço tão meu que começo a perder o controle quando acontece uma dessas. E quem me conhece sabe que não engulo esse tipo de merda: nem tarados que se esfregam em meninas, nem evangélicos que sobem pregando, nem homens que se sentam com a perna superaberta (como se tivesse três ovos) e nos espremem na cadeira, nem portadores de radinhos de pilha que ouvem num volume altíssimo. Porque, convenhamos: se nós dependemos dele, se nós não temos escolha para locomoção, se o busão é um espaço coletivo, não custa fazer sua parte para torná-lo, senão agradável, pelo menos suportável.

Acho que há muita história para compartilhar.

quarta-feira, outubro 12, 2005

1 2 3 testando

Só pra ver como ficou no ar...